sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Contingente de 160 militares angolanos partiu hoje para missão de paz no Lesoto

Um contingente de 160 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) partiu hoje de Luanda para o Lesoto, para integrar uma missão de manutenção de paz da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) naquele país.
A força angolana, que se vai juntar a militares da África do Sul, Namíbia e Suazilândia, é liderada pelo brigadeiro Sabino Sara, tendo o ministro da Defesa Nacional, general Salviano Cerqueira, recordado, na Base Área Militar de Luanda, que Angola é atualmente presidente do órgão de concertação política, defesa e segurança da SADC.
"Visa estabelecer a estabilidade política e a segurança" no Lesoto, apontou o governante, sobre a missão, de seis meses.
A decisão de enviar uma força de manutenção de paz para o Lesoto, com 1.200 militares, foi decidida a 15 de setembro último, em Pretória, numa cimeira sub-regional, que mandatou o secretariado regional da SADC, em Gaborone (Botsuana), para preparar uma missão técnica de avaliação para analisar a logística necessária, que já deveria ter partido a 01 de novembro.
Em causa está a agitação político-militar na sequência da morte, a 05 de setembro, do chefe de Estado-Maior do Exército, o general Khoantle Motsomotso, num tiroteio numa caserna com dois oficiais militares rivais, que também morreram.
O Lesoto tem uma longa história de instabilidade política, com golpes de Estado militares em 1986 e 1991 e tentativas de golpe, como em 2014.
Várias personalidades foram assassinadas, incluindo um ex-chefe do exército em 2015.
O Lesoto, um enclave no meio da África do Sul, é um dos países mais pobres do mundo, que além do desemprego e da falta de serviços públicos tem 23% da sua população, de dois milhões de habitantes, infetados com SIDA.

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